PUPUNHA O SABOR PARAENSE

 A pupunha, fruto típico desta época do ano, no Pará, além de muito suculenta é repleta de antioxidantes que ajudam na absorção de vitamina A. Esta vai bem de várias formas, creme, com queijo de búfala ou mel e, da forma mais usual pelas ruas e cozinhas do Pará: cozida ao sal para comer bem cedinho ou ao final da tarde com café. Uma delícia, experimente.

 Grande parte das plantações de pupunha do Pará nasceram em Benevides, pertinho de Belém, graças ao engenheiro florestal Wilson Farato. Há 25 anos ele cultiva e vende mudas de pupunheira, e atualmente trabalha em um lote de 50 mil mudas que serão enviadas para Concordia do Pará. Segundo o engenheiro, a maior parte dos interessados nas mudas são agricultores interessados em produzir o palmito da pupunheira. "É o palmito da nova geração, o palmito da moda no Brasil e no mundo inteiro", conta.

 No Pará, as maiores plantações de pupunheiras para extração de palmito estão nos municípios de Benevides, Xinguara e Tucuruí. Cada cidade tem aproximadamente um milhão de pés da árvore.

 Para extrair o palmito da pupunheira é preciso cortar a árvore inteira, de preferência quando ela está jovem e não muito alta. Diferentemente do açaizeiro, que eva 7 anos para atingir o ponto ideal de corte e rende apenas um palmito, a pupunheira pode ser cortada depois de um ano e meio, e tem uma produtividade muito maior. "Eu já consegui até sete palmitos de uma única muda", conta o agricultor Antônio Oseiro.

 Quando os colonizadores chegaram na América, muitos povos indígenas já conheciam as pupunheiras. Eles aproveitavam as partes comestíveis e também os troncos e as folhas para fazer diversos tipos de construções. A planta é encontrada no Brasil e em outros países que fazem parte da Amazônia, como Peru, Bolívia e Equador, que se interessam principalmente pelo palmito - o hábito de comer pupunha cozida, de preferência acompanhada por um cafézinho, é do estado do Pará.


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